quarta-feira, 28 de março de 2012

Diferenças entre adjunto adnominal e complemento nominal

PRIMEIRA DIFERENÇA: o complemento nominal se liga a substantivos abstratos, a adjetivos e a advérbios; o adjunto se liga a substantivos, que podem ser abstratos ou concretos.

SEGUNDA DIFERENÇA: o complemento nominal tem sentido passivo, ou seja, recebe a ação expressa pelo nome a que se liga; o adjunto tem sentido ativo, isto é, ele pratica a ação expressa pelo substantivo modificado por ele.

TERCEIRA DIFERENÇA: o complemento não expressa ideia de posse; o adjunto frequentemente indica posse.

Vamos agora praticar essa teoria: “As casas de madeira são ótimas no inverno".

“De madeira” é complemento nominal ou adjunto?

Lembra-se do que dissemos na “primeira diferença”? O complemento nominal se liga exclusivamente a substantivos abstratos.

“De madeira” está modificando um substantivo concreto, “casas”.

Logo, “de madeira” é adjunto adnominal.

Outro exemplo: “Ele é igual ao pai”.

Qual a função de “ao pai”?

Ele está se referindo a “igual”, que é adjetivo.

Como dissemos na “primeira diferença”, o complemento nominal se liga a adjetivos, o adjunto não.

Portanto, “ao pai” é complemento nominal.

Mais um exemplo: “Amor de mãe é eterno”.

Qual a função do termo “de mãe”?

Ele está modificando um substantivo abstrato, “amor”.

Logo, pode ser complemento nominal ou adjunto.

A “segunda diferença” vai nos ajudar: “de mãe” tem sentido ativo, a mãe sente o amor.

Assim, “de mãe” é adjunto adnominal.

Mais um: “O amor à mãe é sagrado”.

O termo “mãe” agora tem sentido passivo.

“Mãe” não está dando amor, mas sim recebendo.

Conclusão: “à mãe” é complemento nominal.

Um último exemplo: “A fuga do ladrão foi ousada”.

Há neste caso ideia de posse: “do ladrão” é, portanto, adjunto adnominal.

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