PRIMEIRA DIFERENÇA: o complemento nominal se liga a substantivos abstratos, a adjetivos e a advérbios; o adjunto se liga a substantivos, que podem ser abstratos ou concretos.
SEGUNDA DIFERENÇA: o complemento nominal tem sentido passivo, ou seja, recebe a ação expressa pelo nome a que se liga; o adjunto tem sentido ativo, isto é, ele pratica a ação expressa pelo substantivo modificado por ele.
TERCEIRA DIFERENÇA: o complemento não expressa ideia de posse; o adjunto frequentemente indica posse.
Vamos agora praticar essa teoria: “As casas de madeira são ótimas no inverno".
“De madeira” é complemento nominal ou adjunto?
Lembra-se do que dissemos na “primeira diferença”? O complemento nominal se liga exclusivamente a substantivos abstratos.
“De madeira” está modificando um substantivo concreto, “casas”.
Logo, “de madeira” é adjunto adnominal.
Outro exemplo: “Ele é igual ao pai”.
Qual a função de “ao pai”?
Ele está se referindo a “igual”, que é adjetivo.
Como dissemos na “primeira diferença”, o complemento nominal se liga a adjetivos, o adjunto não.
Portanto, “ao pai” é complemento nominal.
Mais um exemplo: “Amor de mãe é eterno”.
Qual a função do termo “de mãe”?
Ele está modificando um substantivo abstrato, “amor”.
Logo, pode ser complemento nominal ou adjunto.
A “segunda diferença” vai nos ajudar: “de mãe” tem sentido ativo, a mãe sente o amor.
Assim, “de mãe” é adjunto adnominal.
Mais um: “O amor à mãe é sagrado”.
O termo “mãe” agora tem sentido passivo.
“Mãe” não está dando amor, mas sim recebendo.
Conclusão: “à mãe” é complemento nominal.
Um último exemplo: “A fuga do ladrão foi ousada”.
Há neste caso ideia de posse: “do ladrão” é, portanto, adjunto adnominal.